Descubra como se dá a história da odontologia no Brasil e no mundo, entendendo os momentos decisivos para estabelecer o método científico, difundido nos dias atuais. Veja ainda figuras importantes para a odontologia e descubra a história por trás do símbolo dessa área.
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Confira!
Qual a história da Odontologia?
A História da odontologia remonta aos anos 3.700 A.C, retratada a partir de manuscritos egípcios que mencionam enfermidades, como feridas nas gengivas, dores de dentes e demais manifestações.
Assim, o primeiro registro de um procedimento cirúrgico retrata uma mandíbula com duas perfurações, situadas abaixo das raízes do primeiro molar, o que indica a realização de uma drenagem de abscesso dentário.
O documento mais antigo na história da odontologia vem do Iraque, antiga Mesopotâmia. Contudo, descobertas recentes, feitas por arqueólogos franceses, levam a acreditar que no período neolítico os povos paquistaneses, que viveram há 9.500 anos, criaram e usaram brocas de pedra com o intuito de abrir buracos nos próprios dentes.
No ano de 1423 os barbeiros ganharam fama, e um deles, Olivier Le Daim, chegou a fazer parte da corte de Luís XI.
A profissão de barbeiro não exigia escolaridade, apenas força física e sangue-frio para retirar um dente de um paciente sem anestesia e com muita rapidez. Mas, em outro reino, o cirurgião Jean Pitard convenceu o rei Felipe IV a ordenar que apenas os barbeiros com exame de habilitação pudessem exercer intervenções cirúrgicas.
As coisas evoluíram na história da odontologia com um estudo realizado por Pierre Fauchard (1678-1761), chamado “Tratado dos dentes para os cirurgiões-dentistas”. Esse estudo analisou questões de anatomia, fisiologia, entre outros, e citava a piorréia alveolar (doença periodontal).
A primeira escola odontológica surgiu em 06 de março de 1840, desenvolvida por Harris e Hayden no Estado de Maryland, em Baltimore, nos Estados Unidos. Seu nome era Baltimore College of Dental Surgery. Naquela época, o curso durava apenas 16 semanas e a turma tinha 5 alunos.
Foi com as pesquisas de cirurgiões importantes, como Pucci, Grossman, Ingle, Hess, entre outros, que a nova era das técnicas e dos estudos odontológicos surgiu. Assim, acabaram-se as extrações compulsórias e o tratamento se personalizou.
Símbolo da odontologia
O símbolo da odontologia parte da mitologia grega, através de elementos que representam o deus Esculápio, filho de Apolo e pai da medicina. Assim, foram escolhidos o caduceu e a cobra, para representar essa área importante da medicina.
Isso porque, de acordo com a mitologia, Esculápio foi criado por um centauro, que vivia no campo. Então, o mesmo aprendeu desde cedo sobre plantas medicinais, se tornado um famoso curandeiro.
Ainda de acordo com o mito, Esculápio encontrou uma cobra amarela no caminho para curar um paciente já quase morto. Assustado, o mesmo teria batido com seu cajado no animal e o matado, sem saber que, logo em seguida, apareceria outra cobra, idêntica a anterior, trazendo consigo ervas na boca.
Vendo que aquilo era um sinal, Esculápio teria usado as ervas em seu paciente o salvando da morte, tornando a cobra seu animal de estimação, que o ajudaria em curas.
Oficialização do símbolo
O símbolo cunhado na história da odontologia, para representar a classe foi proposto por um dentista do exército, através de um artigo publicado em 1.914, seu nome era Benjamin Constant Nunes Gonzaga.
A oficialização se deu através do Conselho Federal de Odontologia, por meio do artigo 275, que determinou as dimensões e elementos do símbolo.
Como surgiu o primeiro dentista?
O primeiro dentista na história da odontologia, do qual temos notícia, foi um homem egício chamado Resy-Ra. O mesmo teria falecido em 2600 A.C.
Quem é o Pai da Odontologia?
O francês Pierre Fauchard (1678-1761) é considerado o pai da odontologia, devido ao seu estudo “Tratado dos dentes para os cirurgiões-dentistas”, que revolucionou a história da odontologia. Além de inovar nos conhecimentos da área, Fauchard ainda criou técnicas e aparelhos muito significativos para a época.
Foi o estudioso que desenvolveu as dentaduras e os pivôs, estabelecendo uma relação íntima entre a saúde e as condições bucais.
A Odontologia no Brasil
De acordo com relatos históricos, os povos nativos do Brasil já desenvolviam técnicas odontológicas, tendo bons dentes.
Análises de crânios encontrados em Minas Gerais (Lagoa Santa), regiões litorais de SP e Paraná mostraram que os indígenas tinham poucas cáries, mas acentuada abrasão devido a mastigação de alimentos duros.
Com a colonização portuguesa, as práticas odontológicas europeias foram implementadas no Brasil. Assim, profissionais que aqui chegaram, tiveram suas ações regulamentadas por um ofício de 25 de fevereiro de 1521.
Contudo, os dentistas europeus eram iletrados, atendiam na rua ou em domicílio.
No ano de 1629 a profissão ganhou regulamentação da carta régia de Portugal. Nesse sentido, quem não possuía licença poderia ser preso.
Durante o governo de D João VI no Brasil os “dentistas” possuíam conhecimentos rudimentares e não aprendiam em escolas ou cursos. Alguns deles não sabiam nem ler.
A primeira vez que a palavra dentista foi citada, foi no ano de 1800, no qual o príncipe regente D João IV assinou um documento que exigia avaliação dos conhecimentos anatômicos, terapêuticos e operatórios do profissional que queria desempenhar aquela função.
A primeira licença de dentista foi concedida para Pedro Martins de Moura, em fevereiro de 1811.
O francês Doutor Eugênio Frederico Guertin foi o primeiro dentista atuante no Brasil a atender a nobreza, tendo se formado na Faculdade de Odontologia de Paris. Ele também foi o primeiro a escrever um livro no país sobre o assunto, chamado “Avisos Tendentes à Conservação dos Dentes e sua Substituição”.
O avanço da odontologia no Brasil
No decorrer da década de 1840, chegaram diversos dentistas dos EUA. Segundo registros, Luiz Burdelli foi o primeiro deles, implementando o clorofórmio para a realização da anestesia.
A primeira entidade da classe odontológica criada em território nacional foi o Instituto de Cirurgiões-Dentistas, no ano 1868. Já em 1880, foi atualizado o material de forma científica, abrindo laboratórios de cirurgia dentária, importando aparelhos e instrumentais dos EUA, e, no ano 1882, foi montado o laboratório de prótese dentária.
Foram criados dois cursos de odontologia nas faculdades de medicina (Rio de Janeiro e Bahia) em 1884, através de decreto.
Em 1889 formou-se Isabella Von Sidow, paulista de Cananeia, e a primeira mulher dentista na história da odontologia do Brasil.
Em 1900 foi criada a primeira escola de odontologia de São Paulo. Então o curso passou a ser uma faculdade, em 1925.
No ano de 1933, a faculdade de odontologia tornou-se autônoma e passou a ter 4 anos de duração. Nessa época, Augusto Coelho e Souza – Pai da Odontologia Brasileira – publicou o “Manual Odontológico” e, com Dias de Carvalho, contribuiu para a ciência da odontologia no Brasil.
No ano de 1960 tiveram início os movimentos para a criação do Conselho Federal de Odontologia, que foi devidamente instalado em 1965. A partir daí, muitas regulamentações e avanços ocorreram, proporcionando a evolução que encontramos nos dias atuais.
Quais as melhores faculdades de odontologia do Brasil?
Usando como parâmetro a qualidade de ensino, infraestruturas e capacitação do corpo docente, as melhores faculdades de odontologia do Brasil, são:
- USP (Universidade de São Paulo);
- Unicamp;
- UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais);
- Unesp;
- UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro);
- UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul);
- Anhanguera.
