Radiografia periapical anatomia: saiba como analisar um RX

Radiografia periapical anatomia: saiba como analisar um RX

16/11/2022 - Por: Dabi Atlante

A anatomia é muito importante para a radiografia periapical, pois ajuda os cirurgiões dentistas a entender melhor as imagens que foram capturadas.

Essa radiografia, em específico, faz parte de um conjunto de três tipos de radiografias intraorais existentes, as oclusais, as periapicais propriamente ditas e as interproximais.

Por ser um tipo de radiografia intraoral, o filme ou sensor radiográfico é colocado dentro da boca do paciente, e toda a estrutura dentária e áreas adjacentes podem ser observadas nas imagens capturadas.

Apesar de parecer um conceito amplo de radiografia, ela é limitada a mostrar de 2 a 3 dentes por filme radiográfico. Dessa forma, mostra com detalhes cada dente radiografado.

As principais indicações para esse tipo de radiografia são: visualizar cáries, avaliar perda óssea, fazer um controle endodôntico, avaliar implantes, analisar as estruturas anatômicas de cada paciente, detectar lesões periapicais, diagnosticar patologias, corpos estranhos, problemas na coroa, raiz e osso alveolar.

Para a realização de uma radiografia periapical para avaliação da anatomia intraoral completa, são necessárias 14 radiografias, somando as duas arcadas dentárias.

Por ser uma sequência completa de radiografias, é preciso que o cirurgião dentista entenda bem a anatomia da radiografia periapical para que reconheça todos os padrões de normalidade e consequentemente saiba reconhecer o que está fora do normal, ou seja, os processos patológicos.

Nesse artigo iremos mostrar um pouco dos detalhes da anatomia da radiografia periapical para que você possa ficar por dentro de tudo que é possível visualizar nesse tipo de exame de imagem que é tão solicitado pelos cirurgiões dentistas nos consultórios odontológicos do país.

Conheça as etapas de análise de radiografia periapical anatomia 

Radiografia periapical anatomia
Radiografia periapical anatomia – Reprodução Freepik

Existem muitas etapas a serem analisadas quando tiramos uma radiografia periapical e conhecer a anatomia dos dentes e das áreas adjacentes é uma das etapas mais importantes.

Ao observar uma radiografia devemos ter em mente que quanto mais compacto, mineralizado ou denso for o tecido, mais radiopaco irá aparecer na imagem, ou seja, mais claro.

Em contrapartida, quanto menos denso e desmineralizado, mais radiolúcido a imagem será, ou seja, mais escura.

No geral, a anatomia radiográfica do órgão dentário possui as seguintes estruturas a serem observadas: esmalte, dentina, cemento, polpa, espaço do ligamento periodontal, lâmina dura e crista óssea alveolar.

Em relação às estruturas anatômicas observadas na maxila podemos citar as seguintes: região de incisivos centrais, forame incisivo, sutura intermaxilar, fossa nasal, espinha nasal anterior, septo nasal, concha nasal inferior, projeção/sombra do nariz, incisivos laterais e caninos, soalho do seio maxilar, pré molares, seio maxilar, osso zigomático, processo zigomático da maxila, molares e várias outras estruturas.

Já as estruturas anatômicas da mandíbula possíveis de serem observadas nas radiografias periapicais são: incisivos inferiores, processo Geni, protuberância mentual, forame lingual, forame mentual, base da mandíbula, caninos e outras estruturas anatômicas.

Após compreender todas as estruturas anatômicas e acidentes anatômicos que podem ser observados em uma radiografia periapical, você precisa entender a etapa da coloração das radiografias que diz respeito à radiopacidade.

– Radiopacidade:

A radiopacidade nada mais é que a quantidade de feixes de raio x que a estrutura é capaz de absorver.

Essa absorção depende de vários fatores como: composição, espessura e densidade do objeto radiografado.

Dessa forma, antes de avaliar e analisar a anatomia de uma radiografia periapical você deve ter estudado bastante para ter o conhecimento necessário para diferenciar as estruturas visíveis.

Ao saber analisar e diferenciar as estruturas precisamente, você será capaz de elaborar diagnósticos eficazes e consequentemente traçar planos de tratamento precisos.

A seguir listaremos algumas estruturas anatômicas que podem ser observadas na radiografia periapical e suas características radiográficas como a radiopacidade de cada uma delas.

– Esmalte:

O esmalte é o tecido mais mineralizado do dente e por esse motivo é o mais radiopaco. Ele reveste externamente toda a coroa do dente e por ter um contorno continuo é um dos sinais clássicos para avaliação de cáries.

– Cemento

Tecido mineralizado que cobre as raízes dos dentes, com composição e radiopacidades semelhantes à dentina, dessa forma, ele não pode ser diferenciado radiograficamente da dentina.

– Lâmina Dura 

A lâmina dura se apresenta radiograficamente como uma linha radiopaca fina contínua com as cristas ósseas alveolares.

– Crista óssea alveolar

A crista óssea alveolar é apresentada na radiografia periapical como uma linha radiopaca contínua, delgada e lisa, sendo uma continuidade da lâmina dura.

– Dentina

A dentina é menos radiopaca que o esmalte e representa a maior porção dos tecidos duros dos dentes.

– Osso alveolar

Essa estrutura é radiopaca, localizada entre as placas corticais da maxila e mandíbula, sendo composto por trabéculas finas.

Na maxila, as trabéculas são mais irregulares e os espaços medulares são menores. Já na mandíbula, as trabéculas são dispostas de forma mais horizontal e os espaços medulares são mais amplos.

– Câmara coronária e condutos radiculares

A câmara é parte da polpa que fica na coroa do dente sendo uma estrutura radiolúcida. Os condutos radiculares são o final da polpa afilados que também são radiolúcidos.

– Polpa

A polpa é radiolúcida e é onde estão situados os elementos nutritivos do dente. Ela se estende por toda a porção coronária e adquire uma forma afilada nas raízes representada pelos condutos radiculares.

F.A.Q

O que é anatomia radiológica?

A anatomia radiológica é o estudo da anatomia humana através de técnicas de imagens. Dessa forma, o principal objetivo das radiografias é identificar estruturas normais e anormais de cada indivíduo.

Como a anatomia é importante para a radiologia?

Conhecer a anatomia humana é muito importante para a radiologia pois somente através dela é possível conhecer os padrões de normalidade e anormalidade e consequentemente elaborar diagnósticos precisos e eficientes.

O que é técnica radiográfica?

As técnicas radiográficas são todos os meios de obtenção de imagens intraorais e extraorais. Nas técnicas intraorais o filme radiográfico é posicionado no interior na boca do paciente e nas técnicas extraorais o sensor radiográfico é posicionado fora da boca do paciente.

O que é anatomia por imagens?

A anatomia por imagem é uma técnica que usa feixes de raio x para produzir radiografias que representam os tecidos em duas dimensões, baseado em suas densidades.

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O Autor

Dabi Atlante

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